Nov 26, 17 / Sag 22, 01 21:32 UTC
Um bravo mundo novo (A brave new world) ¶
Estava vendo um documentário do New York Times sobre as Voyager 1 e 2 e me emocionei. Elas transportam, cada uma delas, um disco de ouro com os sons da Terra. Os sons que para nós são banais e não damos a devida atenção, sons de uma espécie que conseguiu o feito incomensurável de ultrapassar as barreiras do seu próprio planeta e ir além.
Me emocionei pensando que, devido a várias circunstâncias nós, essa espécie que tanto evoluiu tecnicamente, pode ficar face a face com a sua extinção ou mesmo com a total destruição do seu planeta.
Esses discos de ouro poderão ser o único remanescente da nossa breve passagem por este universo.
Porém, numa outra perspectiva o ser humano já provou que, em tempos de escuridão e desespero consegue encontrar a luz.
Como disse Primo Levi, o cientista judeu italiano, “O nosso mundo, em tantos dos seus aspectos sinistro, efêmero, doente e trágico tem também essa outra face: é o “bravo mundo novo” que não recua perante obstáculos e não descansa enquanto não os tenha contornado, penetrado ou ultrapassado. É uma bravura de um novo tipo, não a do pioneiro, do herói da guerra, do navegador solitário mas a bravura com objetivos que se justificam a si próprios com o fito de desafiar segredos, ampliar fronteiras conhecidas, se expressar e se testar”
Por isso, digo eu, a esperança está viva e, no momento próprio irá nos salvar a todos.
Por mais estranho que possa parecer eu vejo em Asgardia essa esperança a tomar forma, essa luz a ficar mais brilhante dia a dia.
É por essa razão que quero fazer parte desta odisseia.
English version:
I was watching a New York Times documentary on Voyager 1 and 2 and I was moved. They carry, each of them, a gold disc with the sounds of the Earth. The sounds that to us are banal and we do not give proper attention, sounds of a species that has achieved the immeasurable fact of surpassing the barriers of its own planet and to go beyond.
I was thrilled to think that due to various circumstances we, this species that has evolved technically, can come face to face with its extinction or even with the total destruction of its planet.
These gold records may be the only remnant of our brief passage through this universe.
However, in another perspective the human being has already proved that in times of darkness and despair he can find the light.
As Primo Levi, the Italian Jewish scientist, said: "Our world, in its sinister, ephemeral, sick and tragic aspects, has this other face: it is the" brave new world "that does not retreat from obstacles and does not rest until it have contoured, penetrated or exceeded them. It is a bravery of a new type, not that of the pioneer, the hero of war, the solitary navigator, but bravery with self-justifying purposes in order to defy secrets, expand familiar boundaries, express and test oneself "
Therefore, I say, hope is alive and in the very moment it will save us all.
Strange as it may seem, I see in Asgardia this hope taking form, this light getting brighter day by day.
That is why I want to be part of this odyssey.